
Para a voz de Liniker... (com toda
humildade possível...)
a rosa boca
glosa,
goza
oca
e úmida,
cuspa,
túrgida e túmida...
na
inesperada véspera,
a
vespa testa
que
insiste,
em
ristes cílios,
martírios
ou matilhas;
pilha,
pincha, pencha,
meu
suborno, de adorno:
você
em meu corpo...
querer
um
Alzheimer para lhe esquecer,
me
aquecer daquela lua turca
que
lembra vagamente
vaga-lumes
ou o sorrir do gato de Cheshire,
são
burkas coloridas num censurar tântrico -
tremor
de seu inglês mouco,
o
rouco terremotear
de
seus músculos
e
mucosas,
viscosos
tentáculos
a
me tentar, como um atentado súbito
tão
cheio de súditos,
medo
lúdico ou sádico
no
comichão que isto dá...
e
foi naquela miopia que eu lhe vi,
na
doce cegueira de seu paladar,
pra
ladrar bem baixinho,
no
nódulo obsoleto
que
te quero objeto, com carinho,
com
ranço e rancor,
no
furor de minha mão débeis,
decibéis
que cintilam
iguais
lágrimas negras
no
rosto espectral de Elis...
e
então meu peso acelerou meu pulso;
foi
compulso, combalido, desmedido
fodido,
maldito e reacionário...
foi
bárbaro, barbárie
corrosivo
feito cárie,
vaporoso
quão narguilé...
foi
tão você, seu beijo saudoso
tão
combustivo de gozo,
que
lembro-me dos toques, dos tiques,
dos
truques mequetrefes,
das
fraudes, dos ululantes blefes,
daquilo
que soletrou sua língua
e
alterou a rota das rocas,
as
translações de nossos laços
hoje
converteu-se revés -
um
convés convexo
onde
me transbordo,
eu,
borda sem aresta,
aquilo
que não presta,
acalanto
que não se preza,
presa
fera sem urros:
zás-trás
dum cândido murro,
nesta
ignóbil realidade que lhe não lhe traz...