quinta-feira, 8 de novembro de 2007

ODE DE PAPEL E MAR

Ode
onde
a onda
descansa
e nunca alcança
a margem...

do papel,
apenas palavrinhas turvas,
curvas tortas,
sempre retas buscando o mar.
O mar
a margem
miragem
ira, irá
de lá pra cá
irá, irão
o mar, a onda, a espuma,
o barquinho...

de papel
meu amor versado
meu verso inverso
mil corações desenhados,
coisa passageira...

A hortênsia fugitiva
flor que purifica o mar
algo que não soube amar
a terra
o trovador
aquele que trova a dor,
trovoa ardor
que voa no céu pálido,
que atravessa desertos áridos,
que ara, comovido,
o jardim ávido
destes desamores seus.

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