Ela, tão na dela
e eu sou tão dela
que talvez ela nem saiba,
quiçá eu não sabia
que dia todo, todo o dia
o amor que ela assobia
também era o sopro meu...
e através dela
eu atravessava passarelas,
ou nunca então me atrevesse
a ir atrás de quaisquer aquarelas
buscando-a, simplesmente buscando-a...
ela, na dela
naquela
de não ir em qualquer onda,
ou ronda, ou sonda sonar...
Sondando penumbras e sombras
hipnótica entre bombas,
não audível aos sons de minhas cantigas,
o que buscas, doce Beatrice,
assim tão triste, entre trastes e contraste,
nestes infernos tão sofridos e distantes ?
eu na dela,
tão dela,
na dela, tão eu
tanto de mim, o quanto assim
na dela,
querendo estar também na sua tela...
e tê-la
tê-la...
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