06/02/2012: Irecê sitiada...
O medo me deixou omisso
sem compromisso,
nada arisco,
assim, sem arriscos ou riscos -
sem marca por demarcar...
O medo me deixou atado,
me fez coitado,
parado, calado, emudecido...
Amanhecido pra qualquer manhã,
pro que virá ou verão...
o medo me deixou preso
impresso, maldito...
o medo me deixou nefasto,
fausto, escuro, estéril...
O medo me deixou etéreo,
estérico, nada telúrico ou estético...
O medo me deixou estático, sem ação,
acuado, suado, desconfiado
impedido de dar a mão,
de ver meu amor,
deixou-me com um dissabor na boca
um grito na garganta,
um desamor pra desamarrar,
nó sem desatar, desconfiança sem fiança
sem métrica, sem prosódia
rouca, ínfima, íntima que nem bolor...
o medo desbotou a flor,
encheu minha casa,
me fez passará sem passarinhô,
ave sem asa, Maria sem sinhô
me fez feio, equilibrista no meio da dúvida,
dividiu a vida, tornou-a impotente
deixou renegado ao ir e vir,
nem me fez ouvir o riso popular...
transformou meu lar em abrigo,
fez do bar um inimigo,
da boêmia, uma canção a não se seguir...
o medo não faz luzir,
o medo não é seduzir: medo é diminuir
minhas forças, minha crença,
minha presença,
meu social de se tornar par...
7 comentários:
very good your poetry
muy buena tu poesía
Mi nombre es boats'm argentino y jugar en la palma
你的詩非常好
GOSTEI DESSE SEU POEMA....POETEIRO BIBA...KKKK
جيد جدا لديك شعر
فلاديمير بوتين
খুব ভালো আপনার কবিতা
Oso ona zure poesia
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