Intencionalmente feita para ser uma letra a ser musicada pelo meu amigo "Rafael Pernambuco", mas a vergonha de envergonhá-lo acabou tornando-a num poema...
a cada passo seu,
o tempo passa ateu,
é como se o espaço fosse só meu e seu,
e o céu, quintal do nosso prazer...
a cada instante nosso,
é como se nossos ossos
fossem uma carne só,
ou como se as cores
se tornassem um único som;
e aí o que é bom
não seria imoral,
nem nosso odor, uma dor sem fim...
seríamos, assim
a paz que não se conquistou
ou a eternidade que não findou
e teríamos, enfim,
este piegas amor
lira que o poeta não trovou,
travessia virgem que não se mapeou,
apenas beleza dum encontro que se prolongou
canção que não rimou
com este cansaço
de tê-la assim em meus braços,
de ser só este ser pra si...
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