terça-feira, 25 de outubro de 2011

SEM DESTINOS (TRÊS ACORDES)

é preciso estender a mão,
é preciso entender que o irmão
pede, cede, insinua...

é preciso precisar o quão as palavras
irão ferir, é preciso
ir em vão, sem destinos...
é preciso somar forças e subtrair tiros,
não trair o amigo nem titubear diante obstáculos,
é preciso oscular o novo sem ocultar o antigo,
limpar gavetas sem esquecer da naftalina,
rever fotos, conceitos, incisões...

e com três acordes acordo o mundo,
faço acordo com os cordados,
traço cordas dissonantes, candeio as cadeias
do mundo, os laços e as prisões...

e diante todas as decisões,
sorrir para inimigos e colaborar para o bem,
não pensar muito em infernos ou além,
se o mundo acabar, que caiba todos os sonhos em mim...
se a chuva vier, contemple o sorriso que instantaneamente virá...

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