Pros 100 anos do grande Poetinha, Vinicius de Morais... Saravá !!!
lá vem o Poetinha a nos encantar,
com seus doces versos de embriagar
fazendo da vida algo por sorver
e ver em cada mulher, um labirinto a se perder...
amar a lua, boêmia e branca
de ancas negras, sensualidade e trança,
ondas do mar como uma dança torpe
o tempo quando, quarando quereres...
sem você, Poetinha
o mar perde seu azul,
os calçadões, a sua bossa
o violão fica sem bailado,
e tudo mais, sem encanto...
o canto mais mudo,
o mundo mais senil, abstêmio
o copo de uísque, perdido,
torna-se um vazio cheio de ar...
mas na cadência do lápis,
no bamba dos versos,
vício de Vinicius,
vontade de emaranhar-se em seu mar,
em seus artifícios,
sabendo que assim você é imortal, posto que é chama
lendo e sorvendo de seus prazeres,
de suas carnes, de seus seres,
sendo a sede, água de beber
sendo a fome, olhos da amada
estrela que trela inquieta,
ouvindo sua voz pacata e rouca,
poeta, Poetinha, vagabundo
se todos fossem iguais a você ?
não, será único
eterno como ternas tardes,
ou como a noite que arde,
como o poeta diminutivo de carinho,
viniciando nosso instante de estar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário