do coração lacrimejou tinta,
escorreu pela parede todo sentimento,
filtrou sonhos, uma 3X4, cartas e fios
ruivos...
a falta pariu a dor,
dor doeu n’alma,
e a alma, calma, disse que ela não
estava mais lá...
mas talvez estivesse lá, isca do
delírio sem nome
talvez esteja lá, isso que me deixa
insone
quiçá tá lá, isenta e gris
lápis que me contorna,
tornado tornando-se desenho de
estampa...
como o sinto falta de não estar em
seus instantes,
no sorrir de seus dentes, no passear
de seu pente,
na lente particular de enxergar
fumaças e universos,
em nasceres do sol que compartilha com
outros...
saudade da nossa coisa efêmera, íntima, ínfima,
fêmea...
falta de olhar o olhar e os olhares,
de seu olhar Capitu, do olhar capta,
do ver vermelho, num cameloar
do ouvir que rapta, apta
adaptada ao som tão particular,
sons tiersens,
sanfonas beirutianas...
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