apurando sentidos,
sou amputado destes sentidos,
mantido ainda no âmbar
de que somos um par,
destes tão ímpar, incomum...
então olho as coisas sem seu olhar,
imagino o que vi sem seu ver,
viver assim é estar desvalido...
sua marca não há,
tudo fica gris e sem sabor,
sua diáspora de meu ser me seca,
desnutre, deserda...
deserto fico sem você por perto,
falta seu toque, seus tiques, seu look...
e um sinal verde me dá stop:
percebo que da sua atenção não sou mais top,
sou reles, uma vaga lembrança, um desprezo...
sigo assim num eterno lembrar,
negando-me para não afirmar,
buscando vida em tais escombros,
rastejando sombras para me escorar ombros,
entre meus ais, enveredar meu coral
parece banal,
mas meu pecado foi amar demais...
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