agora que somos silêncio,
agora que não tem voz nem vez,
agora que não há outras vezes,
agora que não é outrora,
sou agora passo vago,
vaga inútil, senil sutileza...
agora que não há esperas,
agora que já desfiz a mala,
agora que raspei a barba,
agora que sou findo,
tudo é embriaguez insana,
traço torto, treco ruim
rum inconsequente, um hum eloquente,
ahan insosso, um oi sem ais...
agora que não é demais,
agora que já foi,
agora que vai sem volta,
agora que não me dá escolta,
agora que não quero mais.
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