Para Atalija Holanda
verde que te quero Verdi,
ver-te que inverte vestes,
orgasmo em organismos, chuva...
deixai os pingos penetrar, adentrar
e adestrar tua felicidade...
tua felicidade destra,
tua densidade reta,
arestas a bordo de suas bordas,
como barquinhos de papel, barquinho
bossa...
girar num sol Van Gogh,
girassóis nublados, inflados
de lados e lábios...
numa fotografia velada,
sagrada, nudez vestida,
revestida de segredos,
de mistérios, estéreos estereótipos:
o comum é vão, o normal desnutre,
do diferencial o trono, da insensatez a
paz,
e assim ser capaz
de desfazer minhas paralisias;
como uma sensação vivaz,
audaz e atroz,
nós que nos tornamos nós,
uma corda, um acorda,
acordo, cor do marulho,
um barulho, um atalho,
um caminho num carinho nada subordinado,
aquele recado que preciso, cirúrgico,
no teu mover água, telúrico
no gosto lírico de ser, ser gostoso que
és...
Nenhum comentário:
Postar um comentário