Pelo asfalto que corta
o caminho seco,
atravesso, numa velha Caravan
eu e um grupo de velhas
velhas pessoas
velhas idéias
velhas pernas que me apertam,
Atravesso caminhos,
caminho por um mundo que teimava em seguir
busco me procurar...
Os povoados há povos
gente de semblante velho,
da boca seca,
da lembrança velha,
das rugas precoces, do trabalho braçal...
Os povoados guardam esperança
O silêncio
ronda
as rodas dos caminhões,
são os veículos da vida,
aquilo que transforma o povoado
num lugar ao menos alegre...
E eu, numa velha Caravan de transporte
pensei enquanto triste
no qual triste sou.
A vida deu-me um abraço
e os meses, uma mínima concepção de ser.
(2005)
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