terça-feira, 30 de junho de 2009

UM DESVELAR

Criado depois de um pedido do meu amigo Bigão

Apareça, poeta !
saia deste limbo ora marginal, ora claustro
não seja apenas de alguns medíocres ou lazarentos
seja sim de todos, dos holofotes, dos movimentos !
Seja aquele de bata, sandálias, boina, jeitão...
não adianta estar diante de uma tela,
de um quarto fechado,
dos casulos ou do âmbar que não reluz...
Apareça, poeta !

assim a mulher não te quer,
assim o querer não te tem,
assim não terá vanglória,
nem vitória ou escória,
poeta na escuridão não brota flor,
não bota nenhuma poesia de bosta
nos pasquins alternativos,
esteja vivo, poeta !

Dance o forró que te oferecem,
cirande senão a vida te ferra,
seja ferro, brasão, asa, canção
seja algo qualquer, tudo menos este niilismo.
Se desvele, mesmo que num mesmismo:
se agrupe, se amalgame, crie uma crista, uma crosta
afinal, cada sentença tem sua cabeça...
Poeta, apareça !!!!

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