poema que não é,
um rio que se passa
e é, rio, arrepio e um
começo,
um trago trazido dos
poros,
de povos imemoriais,
sensoriais ao qual me
rendo,
alma que se descola
feito manual cola na
palma,
o que não entendo...
estendo minha farda,
vou às favas das farpas,
estando, sou quebranto
de tudo:
choro então liberdades
que a irmã não dá...
e sempre que provoco
equívocos,
evoco ecos oblíquos,
destes tangíveis,
inaudíveis,
transeuntes, obscuros...
Minha voz que é cristal
e cacos de vidro;
palavra lavra de
labaredas,
lava incandescente que
repousa num vento íntimo.
Sou sarcasmo,
sortilégio,
mistério a se decifrar;
meu infante delírio,
infarto farto
de fajutos corações...