quarta-feira, 16 de novembro de 2011

TRECHOS

Para Gonzaguinha...

amor, vem ver o ínfimo tempo...
ele é tão eterno e dói...
verá o verão, verá...
será o ser, será ?!
ou um trecho, um fecho éclair...

vendo ruas, suas mãos
e vias, veias
suar sua mão nua, na minha...
caminha na linha do trem, do treco
dos trechos, na linha da vida
nas palmas que contraem, palmas
na mão que aperta, coração
nas mãos que se encontram, coração
na cor que nunca se faz vão,
e se refaz então
como um primeiro nascer,
nasce então, sorrateiro descer
saber levantar e ventar como um assobio...
brios: viver ainda continuará sendo um sopro...

amor, vamos volver e revolver,
revirar e estancar o pó,
cantar enquanto só,
nó do novelo, velar e lavar
pra não esquecer o velho,
renovar assim, uma nave a navegar preciso,
quando tudo é tão impreciso,
quando a sina são cenas e obrigados...

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