segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

DE IR E VIR

06/02/2012: Irecê sitiada...

O medo me deixou omisso
sem compromisso,
nada arisco,
assim, sem arriscos ou riscos -
sem marca por demarcar...
O medo me deixou atado,
me fez coitado,
parado, calado, emudecido...
Amanhecido pra qualquer manhã,
pro que virá ou verão...

o medo me deixou preso
impresso, maldito...
o medo me deixou nefasto,
fausto, escuro, estéril...
O medo me deixou etéreo,
estérico, nada telúrico ou estético...
O medo me deixou estático, sem ação,
acuado, suado, desconfiado
impedido de dar a mão,
de ver meu amor,
deixou-me com um dissabor na boca
um grito na garganta,
um desamor pra desamarrar,
nó sem desatar, desconfiança sem fiança
sem métrica, sem prosódia
rouca, ínfima, íntima que nem bolor...

o medo desbotou a flor,
encheu minha casa,
me fez passará sem passarinhô,
ave sem asa, Maria sem sinhô
me fez feio, equilibrista no meio da dúvida,
dividiu a vida, tornou-a impotente
deixou renegado ao ir e vir,
nem me fez ouvir o riso popular...

transformou meu lar em abrigo,
fez do bar um inimigo,
da boêmia, uma canção a não se seguir...

o medo não faz luzir,
o medo não é seduzir: medo é diminuir
minhas forças, minha crença,
minha presença,
meu social de se tornar par...

7 comentários:

Anônimo disse...

very good your poetry

Anônimo disse...

muy buena tu poesía

Mi nombre es boats'm argentino y jugar en la palma

Anônimo disse...

你的詩非常好

Anônimo disse...

GOSTEI DESSE SEU POEMA....POETEIRO BIBA...KKKK

Anônimo disse...

جيد جدا لديك شعر

فلاديمير بوتين

Anônimo disse...

খুব ভালো আপনার কবিতা

Anônimo disse...

Oso ona zure poesia