sexta-feira, 15 de agosto de 2014

NÓ DE MARINHEIRO


ela queria vagar pelo universo,
como um beatle já propôs num copo de papel,
estampar assim seu filme mais querido,
tatuar versos como emblema,
talvez a vida seja um teorema, um hiato, um cometa-se...

num sorriso que não é mais meu, pra mim ou por mim
na lembrança nítida que quero sépia, desbotada
um passado flutuando em meus futuros,
inseguros passos de minha visão...

o  laço que desatamos
agora se confunde com nó de marinheiro,  
um sutil desvio que a amizade compõe...

e quando repara que respiro,
ou sua semente pedindo meu viver;
sua casa estrangeira, seu novo ser,
nuvem, fumaça, vapor, voar...
assim convivo com segundos mortos,
com esta sobrevida que adquiri assim serelepe,
desejando amnésias que me deixem mais forte

torpe de você, vazio de lhe gamar... 

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