terça-feira, 25 de setembro de 2007

LINDO POEMA LIDO (ESTA VONTADE DE DIZER “TE AMO”)

Embasbacado do teu amor,
Torrenciais palavras nesgas
Negas a mim, oh borboleta bárbara !
Salivas lascivas denunciam nada...

Pardo instante da escuridão sem fim,
Eu califado pela força de sua exegese.
Intumescido pela prosaica de seu dialeto fantasma,
Agacho-me ao teu trono, diáfana flor da margem-rio...

Se mesmo assim, ainda cálida
Teu palco, asco de sua sublimação
Eternidade breve para exercer teu amor suspenso...

Mil liras míticas,
Verbo doce da carne e orvalho,
Vinde a mim, segredo em concha num peito nínfico...

São ditos, nunca mitos
Esta vontade de dizer “te amo”
Escombros e sombras que restam de mim...

E então foges,
Corres por bosques élficos
Buscas um acalanto para dizer-se teu
Acabas comigo aos poucos, lentamente como sopro
E sofro os adeuses em acenos
Tomo do mais emblemático arsênico,
Desjejuo desta combinação que te afastas de mim.

Um comentário:

Anônimo disse...

Mateus, o que tu escreves não pode ficar escondido em gavetas, não! O mundo precisa conhecer o que sai de ti. Deleita-nos!!! (Germano)