"Vamos onde ventar, menina/ Foi bom te encontrar lá em cima/ Odeio despedidas/ Mas tudo bem/ O dia vai raiar/ Pra gente se inventar de novo..." (Cícero, Tempo de Pipa)
é quando as
horas passam
e sua falta
abissal aperta,
saudade a
bater na porta,
dor, a gotejar,
também desperta...
latejando
seu licor ricino,
fazendo
chorar num incolor desmedido,
alucinações
a brandar seu hino,
cambaleado,
entrego-me baleado e vencido...
é tanto
chagar que choro mudo,
lágrima
íntima, interna, cancerígena:
queria seu
corpo, tragar seu copo, cinzas, tudo...
estar
contigo, numa transmutação alienígena
mas cá
estou, meu quarto vazio
minha cama
sem seu amarrotar,
minha
cadência sem seu quedar,
neste
amarrar sem estágios, sem ágios,
tudo sem
nexo, doidivano...
como queria
você aqui !!!
Um comentário:
Amei, Bu! Lindo demais...
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