sexta-feira, 8 de março de 2013

A GENTE




“Quero sempre perto de mim, você que sempre sabe como agir, quero seus sorrisos que fecham seus olhos. Quero a companhia do meu melhor amigo. Quero nossas brincadeiras, histórias, segredos. Sempre cúmplices, amantes.
Ah...como amo aquelas mãos que me exploram e tua boca que me prova, fazendo sua barba me arranhar...”
(Juliana Brauns)

a gente
é tão a gente,
que eu só me sinto um tanto gente
quando ao seu lado estou...

sinto-me então agente
de alguma alegria confusa,
(que confunde os fusos e
os parafusos do mundo),
vejo-me inteligente
norteando meus meandros,
buscando fins de labirintos
numa difusa labirintite de destinos,
tipo um redemoinho que nos uniu..

a gente, displicentes
tão tontos e embriagados
pelos confins do querer,
febris e arduos de nossos suores,
sabores, saberes, esperas...
a gente, encanto
pelos cantos de cada um,
canto de causar espanto,
a arte como parte da gente,
de nos abismar,
nossas casas, nossos cantos,
abismos a nos prismar
num brilhar demente...

a gente
sente
falta da boca, dos dentes
a cravar, marcar rupestre,
espremer cravos, estalar dedos,
descobrir segredos
no tragar só da gente...

a saudar a gente,
saudadear a gente... 

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