sábado, 9 de agosto de 2008

SONETO DO NÃO

Então você me disse não,
e este sonetinho tornou-se demais gris.
Vivo deste amar tranquilo, então...
coisa bonita que me deixa, estranhamente, feliz.

Será mera maluquice minha
ou devaneio senil e sem porquê ?
Tornar um amor vão em coisa daninha,
numa lógica aristotélica sem solução...

E imaginar as noites sem suas luas,
pensar no corpo meu sem seu calor;
e assim viver sem do seu sangue, transfusão...

Tê-la num momento frio e de almas nuas,
invertendo a coisa linda em dor,
alimentando mais minha irracionalidade e confusão.

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