“Toda palavra é uma mancha desnecessária no silêncio e no vazio” (Samuel Beckett)
só da ira
far-se-á lira...
da raiva contida,
da coisa contada,
palavra brava,
que sai no instinto
nunca calada,
brando da dor...
só do amargo
desvencilhará embargo
fluirá este meu versar...
e assim
universalizar o único,
transmutá-lo dádivo,
cunhar e marmorizar o imemorial...
feito bicho-da-seda
a traçar destino moiras,
matar a sede de fazer,
trazer a tona
a lona inconsciente do ser...
Nenhum comentário:
Postar um comentário