Miró desenha, agora, as estrelas
e destroça as constelações com seus traços,
um toque infantil,
como todo surrealista deve ser.
Miró e suas meninas,
Miró e seus sonhos presos.
Uma tela, um fato
uma nova detreminação...
Miró é poesia
poesia muda,
sincrônica...
E que o poetar seja como um coral
de pássaros surrealistas...
Miró pinta, eternamente, uma figura de Deus
pondo-lhe bigodes sensuais,
abusando da androginia que Deus têm.
E Miró joga-lhe os dados,
atrapalhando a criação divina:
propõe uma nova estética
para uma realidade tão pessoal...
Propõe, também, mais vazios tão cheios...
e traços, traços, traços.
(2004)
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