A chuva
que molha a folha...
A mesma chuva
que derrubou o formigueiro...
A mesma formiga
operária, molhada
e que teve o trabalho
de repartir a folha...
A mesma folha
arrancada,
que seria flor...
que seria fruto...
e que não foi nada disso.
O mesmo formigueiro,
a mesma formiga
morta pelo sapato distraído,
que seria pluma...
que seria peso...
e que não foi nada disso.
(São Lázaro, 2003)
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