quinta-feira, 6 de novembro de 2008

SEU AMAR ENTRE OBLÍQUOS

Revê-la
revela
a parte podre que ainda há em mim;
Tê-la
como numa tela:
sonho, posse,
na pose da musa
encanto das medusas.
Abstrato, obscuro:
o furo que cura,
o trato que tateia,
teia tecida, presa na surpresa de sua prisão...
Seu amar entre oblíquos,
amor oblíquo, como o prisma do equilibrista
trapézios múltiplos, triplos e piruetas
Pirata em transe, filho do sono
me leve, leve e pesado nas asas de Morfeu.

(2005)

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