Amar, este estranho rito,
insólito holocausto em monólito,
devasta, nasce, transborda e desnuda;
faz-se em barulho, mesmo em coisa muda,
sonata de Chopin, voo de um beija-flor...
Ah, o amor...
Quem o tem, trata com desdém
Quem não, qué-lo em extrema oblação...
Amar, visgo danoso,
extremante agridoce, ora venenoso,
e, assombro dum ímpeto viciar,
vem, adocica a boca num rícino delirar;
lira do gracejo vil e dolente ardor...
Ah, o amor...
Quem não o quer, peço-o num aclamado apelo...
Terei então que entoar cânticos imundos para um dia merecê-lo ?!
vá, me diga...
cansei desta cantiga
de tê-la apenas como amiga,
vendo-me estéril, pueril e sem anseios...
venha, amor, para os braços deste pobre servo,
faça de mim merecedor de suas dádivas,
quero-o como a urgência do meu nutrir invisível,
serei eu nunca cabível
aos caprichos seus ?!
Um comentário:
ADOROOO muito teus escritos nossa pode ter crtza q sou uma de tuas maiores fãs. PARABÉNS!!! Mateus tudo lindo como sempre
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