quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

REVERSO

Não sou filósofo,
eu filosofo.
Poetizo como todos,
canto os desecantos, os desencontros...
apenas faço versos e reverso.

Não sou solução,
sou a lição
a ser descrita,
uma escrita a desvendar,
a venda para escurecer-me,
a luz do esquecimento.

Sou o motor que corre,
não o "mato, morro e vou prum céu agudo..."
Sou o surdo, mudo-mudando
mudas e mundos,
ando e ardendo vou.

Afinal, caminhando voo

(2006)

2 comentários:

Anônimo disse...

Grande Mateus, és mesmo a brasa candente que de um tisne cinzar perfura até o regolito que te suporta o peso. Muito ilustrativo. Árvores copulam ventanias! Continuemos... (Germano)

Mateus Dourado disse...

Muito obrigado, Germano !!!

Seu comentários já é um poema !!!
Continuemos...