segunda-feira, 4 de julho de 2011

INTRANSITIVO II

Poesia, minha lobotomia
Poesia, minha pantomima
Poesia, meu sacrilégio
Poesia, meu sacríficio
Poesia, minha guilhotina
Poesia, meu ressurgir
Poesia, minha fogueira inquisidora...

Poesia, meu purgante
Poesia, meu odor
Poesia, minha dor
Poesia, meu suor
Poesia, meu traço
Poesia, meu braço
Poesia, minha essência

Poesia que me mantém tão unido a você,
Poesia que me distancia de você,

Poesia que me deixa bobo, que me torna rei
Poesia, meu xeique
Poesia, meu xeque
Poesia, meu sei não sei
Poesia, meu espaço
Poesia, meu esboço
Poesia, meu poço
Poesia, meu passo
Poesia, meu intransitivo
Poesia, meu não transar...

Poesia, mar que nos distancia
Poesia, istmo que nos une...
Poesia, paradoxo que pune
Poesia, conclusão cética do que não sou.

Um comentário:

Hebert Vieira disse...

Olá Mateus,

Estou seguindo o teu blog. Gostei do conteúdo. Dê uma passadinha lá no meu tbm.

Abraço.