quinta-feira, 4 de setembro de 2008

GARBO

Eu me gabo
do seu jeito Garbo
de ser,
a beleza pura
concreta pintura
expressionista gris.

O seu corpo, pálido
como o tempo
estático,
de metal, plástico,
camurça, grama, papel.
Como o suar das velas,
deslizo nos seus lábios;
eu mordo sua alma.
A dança nos ventos
na fumaça do cigarro,
seu cabelo cai no seu rosto meigo.
Paixão é encontro,
a eterna atração dos braços
e dos traços infiéis,
em seu rosto infeliz.

(2001)

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