quinta-feira, 7 de julho de 2011

A MINHA RESPOSTA

De você vai depender
a minha resposta;
só de você, querida...

só você,
torpe e meandro de minha vida...

A minha resposta então virá,
virará pó ou par,
parênteses do seu casulo,
anelar minha impaciência em tê-la,
anular meus dedos que não te guiarão,
enxergá-la em perfeição,
numa tela só nossa...

torta assim você é sublime,
lágrimas pretas de rimel, heroína francesa de filme,
firme solos que iluminam meu caminho de nuvens.
Esta neblina que você entende fuligens
pode ser apenas uma fase, meu bem...
tal qual a lua mostra-se por face...
faça-me parte destas suas agonias !

ver-me verme – assim verei-me enquanto
seus lábios não forem íntimos
de meus dentes ínfimos,
tão lábaros quando dizem seu nome,
quando me faz príncipe em qualificar-me,
iluminando este espaço inócuo, sem ação,
parado quarto vangoghiano...
ou quando cita um coração selvagem –
epítetos do nosso amar invisível...

A minha resposta à vida
que soca o ventre seco,
um Deus que não ouve,
ou ouve...
será que houve
uma dádiva e eu, olhos de estátuas,
cego não me orientei por nenhuma estrela ?!

Assim, enfim
juro nunca mais desdizer de mim,
prometo mais nunca me ofender com palavras ácidas,
ou com cálidas ofensas
ou digestões vãs...

Conseguirei até olhar o que mais de belo há em mim,
poderei sim;
lá devia estar e eu não via,
mas juro por qualquer coisa que alumia
que meu olhar se abriu enquanto você sorria,
e eu descobri assim,
que posso ser paraíso-labirinto,
mito dum rito que
consigo
só...

Um comentário:

Ludmila Lima disse...

Olha, você não se cansa de me deixar sem palavras não é?
E eu vou cobrar esse trechinho aki tá?
juro nunca mais desdizer de mim,
prometo mais nunca me ofender com palavras ácidas,
ou com cálidas ofensas
ou digestões vãs...