sábado, 28 de junho de 2008

FIM DE AMOR

Meu bem
a flor murchou
logo depois
que o amor acabou:
a conclusão que outra mão
colheu de sua pétala.
E daí imaculada
a sua imagem já cravada
neste coração maldito, tolo, coisa acéfala...

Neste fim de amor
conclusão deveras demais:
fui tarde
e aqui então jaz
assim, sem alarde
um sol de minha vida
saída de meus labirintos concretos,
incertos momentos de meu lar.
Fiquei na fossa
sem esta coisa nossa
que nem a dois acabou por se tornar.

Agora é viver sem esperanças,
tanta ânsia para ter alguém.
E, descubro, nestas andanças
que encarar a flor já padecida
não é pra qualquer um, meu bem !
se esta ilusão antes tão oferecida
agora é amalgama sofrida,
agora é realidade por encarar...

(2007)

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