sábado, 28 de junho de 2008

O DUB

De grão em grão
a galinha enche o papo
de papoula,
de ampola,
a moqueca do macaco velho,
a moleca e um caco de vidro.

A última morte.
O último monte,
o último morro: esperanças...
Ainda escalo
mil calos,mil calar,
Ser uma resposta posta,
postal da estrela e da trela
mesa posta,
meio poste
um meio pra se chegar.

Tudo dúbio,
o dub,
viciante som,
variante tom
o mesmo esmo
esmola, maresia.
Um mar, um azul qualquer
querendo rasgar a pobre retina,
o mar, que gigante me absorve
sorvendo
servindo
vendo e vindo
sermões
sorvete

bola de bilhar

bilhões e bilhões
de partículas
engolindo
atmosferas,
atómo
esferas
sol, mundo, galáxias
muitos, muitos pontinhos
uma vida
uma vinda
convida
o breve choro do cavaquinho.

(2007)

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