quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

MENINA DO MAR

Menina do mar,
Janaína de areia,
Fez-me tão homem
amando sua carne em louvor,
querendo sua arte quão marinheiro,
tentando aspirar este seu gosto de sol e sal...

Garota estrangeira,
destas que vem dum sonho e, ninfa que é, descortina
a coisa gris do meu corpo que só deseja o seu
que só deseja o céu
que só deseja você !

Moça tão clara,
cujo ventre exala vulcão,
dona da lua, oratório de meu ser,
sua pura vontade titânica;
do mar é deusa, sereia de encanto
fazendo-me vassalo do seu querer,
tornando-me menino querendo crescer...
E nesta explosão de sexo, alma,
amalgama da coisa cristalina,
assim mulher, lágrima de menina,
buscando acalanto no dorso meu,
neste sossego cego, tateando breus,
menina do mar,
algo de bom que me aconteceu...

Um comentário:

Anônimo disse...

E esse desejo de cantar que é tão grande quanto o universo deste poeta-filósofo-professor...

Desejo de criar um mundo que seja seu, seu reino, pra ser seu próprio rei...

Muito bom, Mateus.
Grande abraço...