Pareço masoquista ao olhar seu rosto,
pois cunho no metal de minhas lembranças este sorriso seu
esta coisa tão sua
algo que quero e tenho que esquecer...
A redoma que crio,
feito casulo, fio a fio
é onde quero esconder-me; redimo...
e aí é que encontro meu calabouço:
esforço vão,
você está em mim,
dentro de minhas artérias,
no limiar de minha matéria,
no meu encéfalo gritante...
Condeno-me, então
A esta sentença de não tê-la
Sofro, guardo-me
Canto esta coisa que me definha...
Mas ainda é algo que cultivo
E nutro, não anulo, incentivo...
Ah, este amar de desgraças !
Que ultrapassa mares entregue a mil traças !
Aquilo que tento, mas nunca passa...
Sofrerei sempre por esta sua ausência, sei lá...
Um comentário:
"Ah, este amar de desgraças !
Que ultrapassa mares entregue a mil traças !
Aquilo que tento, mas nunca passa..."
Só este excerto já bastaria, professor... Tua verve é magnífica!
Sempre alimento de ti.
P.S. Mateus, tem novidade lá no blog. Passe lá, não dispenso sua visita.
Um forte abraço, meu amigo.
Germano
Postar um comentário