segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A REDOMA

Pareço masoquista ao olhar seu rosto,
pois cunho no metal de minhas lembranças este sorriso seu
esta coisa tão sua
algo que quero e tenho que esquecer...

A redoma que crio,
feito casulo, fio a fio
é onde quero esconder-me; redimo...
e aí é que encontro meu calabouço:
esforço vão,
você está em mim,
dentro de minhas artérias,
no limiar de minha matéria,
no meu encéfalo gritante...

Condeno-me, então
A esta sentença de não tê-la
Sofro, guardo-me
Canto esta coisa que me definha...
Mas ainda é algo que cultivo
E nutro, não anulo, incentivo...
Ah, este amar de desgraças !
Que ultrapassa mares entregue a mil traças !
Aquilo que tento, mas nunca passa...

Sofrerei sempre por esta sua ausência, sei lá...

Um comentário:

Anônimo disse...

"Ah, este amar de desgraças !
Que ultrapassa mares entregue a mil traças !
Aquilo que tento, mas nunca passa..."

Só este excerto já bastaria, professor... Tua verve é magnífica!
Sempre alimento de ti.

P.S. Mateus, tem novidade lá no blog. Passe lá, não dispenso sua visita.

Um forte abraço, meu amigo.

Germano