terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

UM VAPOR

Vejo o grito no quadro,
dos espaços, um vapor...
Aroma das dores
Morre som, não morre a pouca luz
faz-me cego
o poeta morre...
As estrelas caem.

A vida é irônica;
talvez a única ironia.
O poeta morre
na praça vienense.
Imaginar o céu amortece, talvez,
a queda.

Morre som,
calado, o poeta.

(2002)

3 comentários:

Germano Viana Xavier disse...

A imagem construída em minha mente foi a do quadro "O susto"...

...forte e paralisante toda e qualquer morte, ainda mais a morte de um poeta...

que seja apenas matéria de escrita, meu amigo, e que o poeta em ti sempre viva...

Grande abraço, Germano

Mateus Dourado disse...

Pois é...
O quadro é uma referência, contudo a maior seja a do The Doors. Saca só na cacofonia "Morre som". Não lhe soa como o nome do vocalista do grupo ?!

Abraços cara !!!!

Germano Viana Xavier disse...

Agora caiu a fi...

Loas ao Jimbo!
Grande Mateus...